O termo economia solidária ganhou expressão no Brasil ao longo dos anos de 1990, à medida que iniciativas econômicas despontaram no país, notabilizando-se e sendo reconhecidas por sua natureza associativa e suas práticas de cooperação e autogestão. Expandindo-se, a economia solidária veio a abranger categorias sociais e modalidades diversas de organização, tais como unidades informais de geração de renda, associações de produtores e consumidores, sistemas locais de troca, comunidades produtivas autóctones e cooperativas dedicadas à produção de bens, à prestação de serviços. >Ler matéria na íntegra<
Para se falar de cooperativismo neste início de século, é importante que se situe e entenda os acontecimentos de nosso tempo. Este trabalho aborda o contexto da época do surgimento do cooperativismo e o cenário atual. Aborda, ainda, aspectos econômicos, sociais e de que forma o cooperativismo pode contribuir para o bem-estar da humanidade. O ser humano é tido como um ser social e as formas de cooperação são algo muito antigo na história da humanidade. Quando as pessoas se juntam, produzem muito mais que do que produziriam individualmente. O cooperativismo, como movimento alternativo e de oposição ao capitalismo, poderia ser utilizado como instrumento para uma melhor distribuição de renda e crescimento socioeconômico das economias emergentes. Os precursores pensavam diferente, mas o homem era sempre o objetivo principal. Diante disso, conclui-se que a disseminação da educação cooperativista seria uma alternativa viável para o momento. > Ler matéria na íntegra <
O artigo descreve as mudanças e permanências nas Fábricas Recuperadas da Argentina, Brasil e Uruguai e defende o argumento de que está havendo uma degeneração das mesmas. Ao mesmo tempo, observa-se que há possibilidades de transcendência da auto-alienação dos trabalhadores destas cooperativas e associações. > Ler matéria na íntegra <
Este estudo objetivou compreender a visão dos cooperados em relação à cooperativa em que estão inseridos, no que se refere ao significado deste tipo de organização, além de buscar identificar suas principais reivindicações, sugestões, expectativas e problemas. Para isso, utilizou-se de um estudo de caso em uma cooperativa de granjeiros situada no Estado de Minas Gerais. O resultado do trabalho foi a constatação de que é necessário uma revisão de valores e princípios por parte dos membros e estes devem buscar um maior equilíbrio entre seus interesses particulares e seus interesses coletivos enquanto cooperados. >Ler matéria na íntegra<
O capitalismo se tornou dominante há tanto tempo que tendemos a tomá-lo como normal ou natural. O que significa que a economia de mercado deve ser competitiva em todos os sentidos: cada produto deve ser vendido em numerosos locais, cada emprego deve ser disputado por numerosos pretendentes, cada vaga na universidade deve ser disputada por numerosos vestibulandos, e assim por diante. A competição é boa de dois pontos de vista: ela permite a todos nós consumidores escolher o que mais nos satisfaz pelo menor preço; e ela faz com que o melhor vença, uma vez que as empresas que mais vendem são as que mais lucram e mais crescem, ao passo que as que menos vendem dão prejuízo e se não conseguirem mais clientes acabarão por fechar. Os que melhor atendem os consumidores são os ganhadores, os que não o conseguem são os perdedores1. >Ler matéria na íntegra<
Resultado de um trabalho conjunto desenvolvido por pesquisadores de quatro instituições de ensino superior do Brasil: Universida-de Federal Rural de Pernambuco – UFRPE (coordenadora da pesquisa), Universidade Federal do Paraná UFPR, Universidade do Rio de Janeiro – UFRJ e Universidade Vale dos Sinos – UNISINOS, este trabalho tem como objetivo proporcionar uma visão geral do movimento cooperativo brasi-leiro, a partir de três dimensões: a primeira consiste na contextualização do movimento, tomando como referência os principais fatos históricos responsáveis pela sua evolução. Em seguida, descreve-se o quadro atual do cooperativismo nacional.
A discussão a seguir partiu das reflexões a respeito do desenvolvimento capitalista e a constituição das propostas atuais da economia solidária, que podem ser caracterizadas como uma forma de organização produtiva com autogestão, democracia participativa, sustentabilidade ambiental e promovem uma nova sociabilidade entre os sujeitos envolvidos. Os estudos são oriundos de investigações bibliográficas, bem como pesquisa de campo em experimento de economia solidária no meio rural na região noroeste do Paraná. Os resultados da observação, análises e interpretações indicam novas perspectivas, a partir da propriedade coletiva, para o enfrentamento das contradições oriundas do desenvolvimento capitalista.
A disseminação do cooperativismo na sociedade suscita questionamentos sobre a sua construção discursiva, pois ela é apresentada possuindo um sentido único em documentos públicos elaborados por universidades, instituições e empresas. Procurando desnaturalizar o termo, conforme os pressupostos do Construcionismo Social, foi realizado um estudo em três períodos: (a) meados do século XIX tomando por referência Rochdale, Inglaterra, (b) início do século XX, quando o cooperativismo era atrelado à Aliança Cooperativa Internacional, e (c) início do século XXI, quando o cooperativismo, como noção organizativa, toma os mais diferentes sentidos em São Paulo. Nos documentos públicos acessados, o cooperativismo apresentou três sentidos ou noções difusos: noção doutrinária, organizativa e de lugar. A noção doutrinária, compreendida como preceitos morais, é enfatizada nos dois primeiros períodos. A noção organizativa é enfatizada no último período. Por fim, a noção de lugar, onde estão inseridas as cooperativas formadas pelo coletivo, está enfatizada no primeiro período.
Este trabalho mostra os fundamentos e idéias que serviram de base para o surgimento do cooperativismo, especialmente as implicações político-sociais do ambiente antecedente e consequente ao aparecimento da primeira cooperativa de consumo, organizada como negócio social-democrático. Mostra a luta dos socialistas utópicos para difusão das idéias do associativismo e as dificuldades para se estabelecer uma relação respeitosa entre o pensamento social e o capitalismo surgente, defensor das estratégias de liberdade de mercado e acumulação de riqueza via exploração do trabalho. Os utopistas, além de combater a servidão imposta pelos empresários burgueses da época, tinham em mente a possibilidade de implantar uma sociedade mais justa, igualitária e com valores éticos respeitáveis; por isso, os defensores do cooperativismo, como, Owen, Fourier, Blanc, Saint-Simon, Proudhon, Sismondi, Gide, entre outros, foram de extrema importância para a consolidação do movimento a nível mundial.
Neste texto, vai procurar-se, no percurso inicial do movimento cooperativo moderno, a raiz dos seus possíveis horizontes. De facto, o cooperativismo corresponde a uma dinâmica social, cujos horizontes possíveis só podem compreender-se valorizando-se o seu código genético. Há pois que destacar a cooperação como eixo das organizações que protagonizam a cooperatividade moderna. Uma cooperatividade que emergiu no seio do movimento operário, o que marcou estruturalmente a identidade cooperativa, hoje universalmente aceite. Por isso, se vai relembrar o que de mais importante ocorreu neste campo, nos países europeus que mais marcaram o surgimento do movimento cooperativo. E é aí onde, verdadeiramente, se radicam os horizontes cooperativos, para cujo desenho se procura depois contribuir. >L er matéria na íntegra <